Icterícia neonatal – Abordagem no seguimento ambulatorial de bebês ictéricos
Revisão com causas, fatores de risco, tipos e tratamentos para a icterícia neonatal
- Aprenda sobre icterícia neonatal, hiperbilirrubinemia neonatal e colestase neonatal neste resumo completo sobre os assuntos.
INTRODUÇÃO
Quase todos os recém-nascidos apresentam valores de bilirrubina total (BT) acima de 1 mg/dL , que é o limite superior do normal para adultos. Esse aumento pode causar a icterícia, caracterizada pela coloração amarelada da pele, mucosas ou conjuntiva por deposição de bilirrubina, visível clinicamente a partir de valores em torno de 3 mg/dL.
A Icterícia fisiológica (IF) é causada por alterações neonatais normais no metabolismo da bilirrubina, por deficiência de maturação da enzima uridina difosfato glicuroniltransferase (UGT), responsável pela sua conjugação, o que resulta em diminuição de sua depuração. Soma-se a isto o aumento da produção e da circulação entero-hepática da bilirrubina. A IF tem seu pico entre 48-120 horas de vida e se resolve em até 2 semanas, variando com a etnia e idade gestacional (IG). Se persistir por período maior que este, deve ser investigada.
É recomendada a triagem universal da hiperbilirribunemia pré-alta, tendo em vista que somente a avaliação clínica não é confiável, mesmo por médicos experientes. O teste cutâneo (TcB / Bilicheck®), se disponível, pode substituir a dosagem sérica, pois diminui a necessidade de punção venosa, reduz os custos de laboratório e parece ser tão eficaz quanto a dosagem sérica (BT) como uma ferramenta de triagem na detecção de hiperbilirrubinemia. Valores acima de 14 mg/dL passam a não ser confiavéis [7].
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